domingo, maio 20, 2007

Bloc Party no Coliseu de Lisboa

Banquet

Foi um coliseu não esgotado, mas praticamente cheio, que recebeu ontem o primeiro concerto deste ano dos londrinos Bloc Party em solo nacional. A banda liderada por Kele Okereke deu uma lição de perfeccionismo e voltou a provar (depois de no ano passado ter deixado isso bem claro no festival Paredes de Coura) que ao vivo as suas canções crescem, encorpam e deixam qualquer um desarmado. As luzes apagam-se totalmente e é ainda no escuro que começa a agitação para receber entusiasticamente o grande protagonista da noite. Okereke e seus comparsas dão início ao concerto com «Song for Clay (Disappear Here)», tema de abertura de A Weekend in the City , segundo e mais recente álbum de originais. Os strobes pintam o coliseu de vermelho e a bateria poderosa deixa bem claro que os Bloc Party não estão ali para brincadeiras. Ao tenso e agressivo «Positive Tension» sucede o mais intimista «Blue Light», nos dois primeiros momentos dedicados ao álbum de estreia da banda.Sem quaisquer problemas em despachar grandes canções logo no início dos concertos – apesar de deixarem claro que qualquer canção sua passa a ser uma grande canção ao vivo – a banda serve de rajada o brilhante «Hunting for Witches» e o orgásmico «Banquet» (com «Waiting for the 7.18» a aligeirar os ânimos pelo meio). Entre o pulsar das luzes e palmas a tentar encontrar o ritmo, o chão vai oscilando em ondas de energia quando os temas fazem saltar. É nessas alturas que os Bloc Party parecem uns polidos e bem comportados Nirvana para os adolescentes do novo milénio. O apelativo hino «This Modern Love» chega depois de «Where is Home?» e de a voz (às vezes inaudível e imperceptível) de Kele Okereke anunciar que esta é «a forma perfeita de terminar a nossa digressão europeia». Sem descanso e para agitar ainda mais os ânimos, irrompe o catártico e poderoso «The Prayer», primeiro single de A Weekend in the City . Aos espasmos de «Uniform», sucedem-se dois novos recuos no tempo com os celebrados «So Here We Are» e «Like Eating Glass». A banda sai de palco num repente, mas deixa as luzes acesas.«I Still Remember», segundo single do novo álbum, traz uns Bloc Party mais intimistas de volta, mas logo o ambiente torna a aquecer com «She’s Hearing Voices». Depois de «Sunday» chegam os agradecimentos e o primeiro anúncio do final do concerto. O agressivo e contagiante «Helicopter» revela-se impróprio para epilépticos e empurra a banda novamente para fora de palco. Mas o derradeiro momento de uma actuação equilibrada, que contemplou todos os momentos altos dos dois álbuns da banda e fez com que ninguém pudesse sair a dizer: «faltou esta ou aquela canção», chegou com o desenfreado «Pioneers». Os Bloc Party regressam (efectivamente) em breve. Fonte Blitz.
Ficam aqui algumas fotos gentilmente cedidas pela prima do clonixx:

6 comentários:

clonixx disse...

Na verdade faltou a "Two more years".
Não deixou por isso de ser um concerto brilhante!

Anónimo disse...

Pois foi...
Uma das minhas preferidas!

Anónimo disse...

Deviam ser mais explícitos quando copiam integralmente os textos de algum lado, neste caso do Blitz. Não é a questão de ser fonte, é questão de cópia pura...

Unknown disse...

WEE! Foi um bom concerto, sem dúvida. Bastante equilibrado. Tb fiz um pequeno post no meu blog.

Anónimo disse...

Um concerto fantástico, inesquecível... na melhor das companhias ;)

rscastro disse...

é um plágio de facto.... mas gostei do review. continuo a gostar de algumas coisas que se fazem no blitz