sexta-feira, novembro 30, 2007

Review: Control, o filme de Ian Curtis (Joy Division)

Sem dúvida um filme que vai marcar o ano de 2007, uma espécie de retrospectiva da vida de Ian Curtis de forma mais ou menos romanceada e macia; mas sem dúvida um grande película com fotografia deslumbrante, o que seria de esperar por parte do mestre Corbijn. Sobre Ian deparamo-nos um filme preciso, honesto e bonito, ilustrando a época em que o punk estava morto, a new wave ainda mal andava, e os Joy Division criavam o vocabulário poético e sonoro que revelava a angústia de uma geração, e influenciou a melhor música popular da década de 1980 em diante.
‘Control’ passa-se nesse final dos anos 70, nesse intervalo de tempo em que do punk pouco sobrava, o horizonte era um céu nublado sobre cidades deprimidas sem futuro (Manchester). Em preto e branco, Corbijn captou esse momento, esse ambiente, através de uma reconstituição rigorosa, com um carinho ligeiramente nostálgico, elegante, centrando-se na dúvida existencial de Ian Curtis,mostrando por vezes de maneira bastante crua, o vazio e a vulgaridade da vida de uma pessoa que encontrou a sua excepcionalidade, a traduziu em canções, mas nunca soube compreendê-la nem com ela conviver harmoniosamente.
No fim do filme, porém, sobra a pergunta que devia esclarecer: Afinal quem era este rapaz que trabalhava no Centro de Emprego, casado e pai de uma filha, que não sabia o que fazer de si nem como viver consigo? Era Ian Curtis, uma entidade à parte, é a resposta de ‘Control’.

1 comentário:

Capoeira Global disse...

Concordo,no entanto....
Para mim o filme nao devia ser a preto e branco mas a cor de rosa.......
Um Ian Curtis muito clean